Visconde de Juromenha: pai da historiografia de Sintra
João António de Lemos Pereira de Lacerda, filho do tenente-general António de Lemos Pereira de Lacerda Delgado, 1.º Visconde de Juromenha, e de D. Maria da Luz Whilloughby de Araújo da Silveira, nasceu em Lisboa (1807).
Foi fidalgo; proprietário; moço-fidalgo da Casa Real com exercício no Paço (1818); 2.º Visconde de Juromenha (1818); aluno da Faculdade de Matemática da Universidade de Coimbra (1825 – 1828); participou nas Cortes dos Três Estados do Reino como representante do Braço da Nobreza, na qual foi proclamado rei o Infante Dom Miguel (1828); partidário do Rei Dom Miguel durante as Guerras Liberais (1828 – 1834); 2.º alcaide-mor de Juromenha (1828); 15.º Morgado de Vale Formoso (1828); Morgado de Fonte Arcada (1828); Comendador de Juromenha na Ordem de São Bento de Avis (1829); fidalgo da cota de armas com o brasão das famílias Lemos, Pereira, Lacerda e Silveira (1828); exilado por motivos políticos (1834 – 1836); investigador; historiador; publicou a obra CINTRA PINTURESCA, OU MEMORIA DESCRIPTIVA DA VILLA DE CINTRA, COLLARES E SEUS ARREDORES (1839); sócio correspondente da Academia Real das Ciências de Lisboa.
Faleceu em Lisboa (1887); deixou como herdeira a sua sobrinha-neta D. Joana Victoria Maria Edmunda Perrin de Bellune, 3.ª Viscondessa de Juromenha, filha de Victor François Perrin, 3.º Duque de Bellune, e neta de sua irmã D. Maria da Penha Lemos Pereira de Lacerda (1888); o seu nome consta da toponímia de Lisboa; o seu nome consta da toponímia de Algueirão-Mem Martins.