Félix Bernardino da Costa Alves Pereira, de seu nome completo, filho do dr. António Alves Pereira e de D. Felizarda Joaquina Lima da Costa Lobo, nasceu na vila dos Arcos de Valdevez, distrito de Viana do Castelo (Abril de 1865).
Foi bacharel formado em Direito pela Universidade de Coimbra (Junho de 1886); advogado em Arcos de Valdevez (1886); arqueólogo (1893); colaborador de O ARCHEOLOGO PORTUGUÊS (1895); desenhador de material de arqueologia; especialista em etnografia; antropologista; epigrafista; historiador de arquitectura; historiador de História da Arte; historiador de História Medieval; colaborador do jornal O ARCOENSE: SEMANÁRIO LITTERARIO, dos Arcos de Valdevez; estabelece residência em Lisboa (1901); oficial conservador do Museu Etnológico Português (Maio de 1902 – Setembro de 1911); faz o levantamento e trabalho arqueológico no concelho de Idanha-a-Nova (1903); visitou a localidade de São Miguel de Odrinhas onde viu as lápides romanas então abandonadas e procurou trazê-las para o Museu Etnológico Português, em Belém, o que esbarrou com a resistência da população (1907); ofereceu ao Museu Etnológico Português dez instrumentos de pedra pré-históricos que ele próprio tinha comprado no concelho de Sintra (Agosto de 1907); director da Associação dos Arqueólogos Portugueses (1911 – 1936); director-geral da secretaria do Congresso da República (Setembro de 1911 – 1930); descobre a Estação Arqueológica do Outeiro da Assenta, em Óbidos (1911); estabelece residência em Sintra (1912); colaborador do BULLETIN DE LA SOCIÉTÉ PORTUGAISE DES SCIENCES NATURELLES (1915); faz o levantamento arqueológico de Alvejar, em Almargem do Bispo, Sintra (1916); linguista e especialista em dialectologia (1916); colaborador da REVISTA LUSITANA (1916); colaborador da TERRA PORTUGUESA: REVISTA ILUSTRADA DE ARQUEOLOGIA E ETNOGRAFIA (1917); colaborador de A NOSSA TERRA, de Cascais (1917); vogal da Comissão dos Monumentos de Lisboa (1920 – 1922 ); faz os trabalhos de arqueologia na Estação Arqueológica de Santa Eufémia da Serra, Sintra (1927); colaborador do jornal DIÁRIO DE NOTÍCIAS, de Lisboa (1930); colaborador da REVISTA DE ARQUEOLOGIA (1932); vogal da Junta Nacional de Escavações e Antiguidades (1933); académico da Academia de Ciências de Lisboa; sócio de mérito da Associação dos Arqueólogos Portugueses; sócio fundador e de mérito do Instituto Português de Arqueologia, História e Etnografia (1933); sócio honorário da Real Academia de la Historia de Espanha (1934); colaborador do JORNAL DE SINTRA (1934).
Escreveu e publicou:
– Insculturas em Rocha em Castros de Val-de-Vez, ou Varios Penedos com Pias, 1898;
– Epigraphia Christianò-Latina: Uma Inscripção Inedita, 1902;
– Um Passeio Archeologico no Concelho dos Arcos de Valdevêz, 1902;
– Um Passeio Archeologico no Concelho dos Arcos de Valdevêz (Visita ás Antas da Serra de Soajo), 1903;
– Machados de Duplo Anel: Ainda a Inscripção Christã de S. Pedro dos Arcos – Uma Primicia de Epigraphia Funeraria Romana, 1904;
– Paginas Archeologicas: Estatueta Ithyphallica, 1904;
– Architetura Romanica: O Portico da Matriz de Monção: Um Castro com Muralhas, 1904;
– Um Erro de Amanuense nas Inquirições de D. Affonso III (C. Sancti Salvatoris d’Arcus), 1905;
– Um Grovio Autentico: Ara Celtiberica da Epoca Romana, 1907;
– Inscrições Existentes na Igreja de São Miguel de Odrinhas (Sintra), 1908;
– Novo Material Para o Estudo da Estatuaria e Architetura dos Castros do Alto-Minho, 1909;
– Elenco da Epigraphia Lusitano-Romana: Inscripções Hierologicas, 1909;
– Paginas Archeologicas: Tampa de Sepultura da Epoca Romana, 1910;
– Habitações Castrejas do Norte de Portugal, 1914;
– Estudos do Alto-Minho: Noticia Sumaria Ácerca do Concelho dos Arcos de Valdevez: Noticia Sumaria Ácerca de Soajo, 1914;
– Páginas Arqueológicas, 1917;
– A Antiguidade no Concelho de Cascais: Resenha dos Trabalhos Realizados em 1915-1917, 1917;
– Colheitas Etnográficas em Valdevez, 1918;
– Manual Parlamentar Para Uso dos Membros do Poder Legislativo, 1928;
– Uma Ruína ao Desamparo (A Ermida de S. Romão nas Cercanias de Sintra), 1929;
– Hiérologica de Um Povo da Lusitânia (O Deus Arentius), 1934;
– O Sino Velho de Santa Maria de Sintra: Uma Raridade de Bronze, 1938;
– Sepulcros Romanos Inéditos no Casal de Santo Amaro (Junto a Sintra), 1938;
– Sintra do Pretérito, 1957.
Faleceu em Sintra (Outubro de 1936); o seu nome consta da toponímia de Sintra e da vila dos Arcos de Valdevez.